segunda-feira, 14 de março de 2011

Considerações sobre o medo e a morte

Este é um sentimento humano muito importante que está presente em todos, em várias formas e intensidades. Embora seja um sentimento aparentemente negativo, ele é de fundamental importância na vida terrena, pois existe para nossa preservação. Ninguém pode dizer que não sente medo, pois é ele que te impede de atravessar a rua antes de olhar com atenção, ou que te contém de chegar na beira de um precipício, todavia existem medos reais e irreais, não se pode ter medo daquilo que não pode nos fazer mal algum, como falar em público, puxar conversa com um estranho, assumir uma responsabilidade nova no trabalho, casar-se ou ter um filho. A vida é recheada de momentos de crescimento, fases em que devemos superar nossos medos, ultrapassar uma barreira e vencer um desafio. Para tanto o medo deve ser controlado dentro de nós, antes que ele nos controle.
A atitude diante do medo deve ser em primeiro lugar saber se o perigo é real ou não, verificar se aquilo a ser feito pode lhe fazer algum mal. Identificado o medo como sendo irreal, considere se o que tem a fazer é correto perante sua consciência e seus valores morais, se prepare com informações e estudo do que vai fazer, então enfrente seus temores e execute a ação com toda coragem que conseguir reunir, você verá que o temor era infundado.

É assim quando nascemos, quando começam a crescer os primeiros dentes ou quando começamos a andar. Em nosso primeiro dia de aula na escola, a primeira namorada, a primeira relação sexual, o primeiro dia de trabalho, quando vamos aprender a dirigir um carro, uma entrevista para um emprego novo, no dia do casamento, no nascimento do primeiro filho, até chegar um dos principais desafios de nossa vida, o dia da morte, o maior de nossos medos.
A morte do corpo é um fenômeno natural . É comum e natural como o nascimento de um bebê . No entanto o nascimento inspira a alegria, enquanto a morte inspira a dor, e isso acontece porque o mundo que habitamos é matéria e tudo o que acrescenta matéria inspira alegria, enquanto que o desprendimento da matéria e a destruição é contrário ao que lhe é caro, portanto inspira dor.
Então, entra em cena os princípios morais e religiosos do ser. Pensar a respeito é preciso, pois este dia deve ser visto como mais um desafio, e haverá medo certamente. devemos agir segundo o mesmo princípio, certificando se o medo é real ou não, se preparando com informações e estudo . Não há outra maneira menos dolorosa. Cabe entretanto a cada um, segundo seus valores, saber identificar seu caminho para superar essa barreira. Que triste saber de algum homem que acredita na morte ser o fim absoluto, que medo tremendo tomará seu coração !

Você tem medo da dor que a morte pode trazer?
Doeu certamente quando você ainda estava no ventre de sua mãe, e quando nasceu também foi doloroso, acredite. Você sentiu dores quando ainda mamava no peito, e muitas outras vezes quando adoeceu e preocupou seus pais. Quando criança suas brincadeiras causaram dor assim como quando começou a andar e caiu no chão, muitos machucados sentiu correndo e caindo, e mesmo assim as dores passaram.
E quando estás velho as dores se acumulam e custam a passar, te deixam irritado ou impossibilitado de seus afazeres.
E as dores morais então ? Uma discussão, uma traição, o descaso de algumas pessoas além das muitas vezes que fostes maltratado, todas as vezes houveram dores, que soubestes suportar, e elas passaram.
Então, após esse pequeno resumo de uma vida, faça uma avaliação pessoal por quanto tempo que for necessário relembrar sua vida e as dores que vieram e passaram.
Ao morrer talvez haja uma pequena dor ou uma dor maior, não sabemos o que vai acontecer.
Uma coisa é certa. Essa dor passará, como todas as outras, e você sobreviverá como sempre sobreviveu, embora um pouco diferente, de uma forma diferente, mas sobreviverá. E saberá que cresceu muito com ela, assim como nas outras vezes..
Derrote o medo, que de nada serve, e ore a Deus que te auxilie dando-lhe o discernimento e a compreensão necessária.

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