sexta-feira, 16 de março de 2012

CAPÍTULO V – BEM-AVENTURADOS OS AFLITOS

JESUS Mt 5:5,6 e 10 e Lu 6:20-21

“Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados. Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos. Bem-aventurados os que padecem perseguições por amor da justiça, porque deles é o Reino dos Céus.” “Bem-aventurados vós, os pobres, porque vosso é o Reino de Deus. Bem-aventurados os que agora tendes fome, porque sereis fartos. Bem-aventurados vós, que agora chorais, porque rireis.”

KARDEC

As vicissitudes (aflições, sofrimentos) da vida têm, pois, uma causa, e como Deus é justo, essa causa deve ser justa. Eis do que todos devem compenetrar-se. Deus encaminhou os homens na compreensão dessa causa pelos ensinos de Jesus, e hoje, considerando-os suficientemente maduros para compreendê-la, revela-a por completo através do espiritismo, ou seja, pela voz dos espíritos. Estas têm duas origens diversas: causas atuais ou causas anteriores.
1-) Remontando à fonte dos males terrenos, reconhece-se que muitos são a conseqüência natural do caráter e da conduta daqueles que os sofrem. Quantos homens caem por sua própria culpa! Os males dessa espécie constituem, seguramente, um número considerável das vicissitudes da vida. O homem os evitará, quando trabalhar para o seu adiantamento moral e intelectual.
2-) Há males que, pelo menos em aparência, são estranhos à vontade do homem e parecem golpeá-lo por fatalidade. Ex: Deficiências físicas, desastres naturais. Ora, a causa sendo sempre anterior ao efeito, e desde que não se encontra na vida atual, é que pertence a uma existência precedente. Por outro lado, Deus não podendo punir pelo bem que se fez, nem pelo mal que não se fez, se somos punidos, é que fizemos o mal. E se não fizemos o mal nesta vida, é que o fizemos em outra. Esta é uma alternativa a que não podemos escapar, e na qual a lógica nos diz de que lado está a Justiça de Deus.

É em vão que se aponta o esquecimento como um obstáculo ao aproveitamento de experiência das existências anteriores. Se Deus considerou conveniente lançar um véu sobre o passado, é que o passado traria inconvenientes muito graves. pelas palavras: Bem-aventurados os aflitos, porque eles serão consolados, Jesus indica, ao mesmo tempo, a compensação que espera os que sofrem e a resignação que nos faz bendizer o sofrimento, como o prelúdio da cura.

OS ESPÍRITOS

Bem-aventurados os aflitos, pode, portanto, ser assim traduzido: Bem-aventurados os que têm a oportunidade de provar a sua fé, a sua firmeza, a sua perseverança e a sua submissão à vontade de Deus, porque eles terão centuplicadas as alegrias que lhes faltam na Terra, e após o trabalho virá o repouso. Quando a morte vem ceifar em vossas famílias, levando sem consideração os jovens em lugar dos velhos, dizeis freqüentemente: “Deus não é justo”. Por quê medir a justiça divina pela medida da vossa? Podeis pensar que o Senhor dos mundos queira, por um simples capricho, infligir-vos penas cruéis? Nada se faz sem uma finalidade inteligente, e tudo o que acontece tem a sua razão de ser.
Quantos tormentos consegue evitar aquele que sabe contentar-se com o que possui, que vê sem inveja o que não lhe pertence, que não procura parecer mais do que é!
perguntais se é permitido abrandar as vossas provas. Esta pergunta lembra estas outras: É permitido ao que se afoga procurar salvar-se? E a quem espetou-se num espinho, retira-lo? Ao que está doente, chamar um médico? As provas têm por fim exercitar a inteligência, assim como a paciência e a resignação.

O AUTOR

Bem-aventurada a lágrima que rola porque é uma expressão de dor ou de arrependimento, e ambos melhoram o espírito. Sendo a natureza de nosso mundo de provas e expiação, ainda é preciso passar pelo fogo o metal que se deseja purificar. E que fogueira tão desejada é esta!
A aflição desta vida nos remonta ao passado e redime nossas faltas perante a lei, assim como nos corrige dos desvios do caminho atual, todavia ainda é a forma mais dolorosa embora eficiente. Existe outra que o homem prudente deve aprender e ensinar, a do amor e da sua auto-transformação em um ser melhorado, um espírito renovado pelo esforço próprio e pelo amor de Deus

FATOS E HISTÓRIAS

20/02/2005 - 09:03h
Médicos revelam que a eutanásia é prática habitual em UTIs do país.
Claudia Collucci / Fabiana Leite da Folha de Sã Paulo
Antônio Góis – Folha de S.Paulo, no Rio de janeiro (Resumo)

Apesar de ilegal, a eutanásia (apressar, sem dor ou sofrimento, a morte de um doente incurável) é ato freqüente e, muitas vezes, pouco discutido nas UTIs de hospitais brasileiros. Dezesseis médicos ouvidos pela Folha confirmaram que hoje o procedimento é comum e vêem a eutanásia como abreviação do sofrimento do doente e da sua família. Entre eles, há quem admita razões mais práticas, como a necessidade de vaga na UTI para alguém com chances de sobrevivência, ou a pressão, na medicina privada, para diminuir custos.
Médicos e especialistas em bioética defendem, na verdade, um tipo específico de eutanásia, a ortoanásia, que seria o ato de retirar equipamentos ou medicações que servem para prolongar a vida de um doente terminal. Ao retirar esses suportes de vida, mantendo apenas a analgesia e tranqüilizantes, espera-se que a natureza se encarregue da morte.
O médico intensivista José Maria Orlando, presidente da Associação de Medicina Intensiva Brasileira, porém, nega que a eutanásia seja freqüente em UTIs. Em razão da eutanásia ser considerada crime, ele diz que os médicos ficam reticentes entre deixar que pacientes sobrevivam nessa condição ou retira-los dela para que morram brevemente. “O Médico se vê sob a espada da Justiça”.
Fonte: UOL

COMENTÁRIO FINAL

Os espíritos disseram a Kardec: “Por quê medir a justiça divina pela medida da vossa? Podeis pensar que o Senhor dos mundos queira, por um simples capricho, infligir-vos penas cruéis? Nada se faz sem uma finalidade inteligente, e tudo o que acontece tem a sua razão de ser”.
Apesar dos argumentos aparentemente convincentes da ciência e da medicina, percebe-se a visão estreita dos que defendem a eutanásia, demonstrando ignorar a continuidade da vida em planos paralelos, desconhecendo razões anteriores que levaram o moribundo à prolongação da aflição da quase morte, nem entendem que a espada da Justiça somente pode ser dignamente empunhada pelo Senhor do Universo. Então, enganam-se e cometem erros consideráveis com tal prática.
Bem-aventurados os aflitos.

FOTO OU ILUSTRAÇÃO

 

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