terça-feira, 27 de março de 2012

CAPÍTULO VIII – BEM-AVENTURADOS OS PUROS DE CORAÇÃO

JESUS Mt 5:8 , Mc 10:13-16 e Mt 5:27-28

“Bem-aventurados os puros de coração, porque eles verão a Deus.”
“Deixai vir a mim os pequeninos, e não os embaraceis, porque o Reino de Deus é daqueles que se lhe assemelham. Em verdade vos digo que todo aquele que não receber o Reino de Deus como uma criança, não
entrará nele. E abraçando-os, e pondo as mãos sobre eles, os abençoava.” “Ouviste que foi dito aos antigos: Não adulterarás. Eu, porém, vos digo que todo o que olhar para uma mulher, cobiçando-a, já no seu coração adulterou com ela.”

KARDEC

A pureza de coração é inseparável da simplicidade e da humildade. Exclui todo pensamento de egoísmo e de orgulho. Eis porque Jesus toma a infância como símbolo dessa pureza, como já a tomara por símbolo de humildade.
A verdadeira pureza não está apenas nos atos, mas também no pensamento, pois aquele que tem o coração puro nem sequer pensa no mal. Foi isso que Jesus quis dizer condenando o pecado, mesmo em pensamento, porque ele é um sinal de impureza.
A pessoa que nem sequer concebe o mau pensamento, já realizou o progresso; aquele que ainda tem esse pensamento mas o repele, está em, vias de realiza-lo; e por fim, aquele que tem esse pensamento e nele se compraz, ainda está sob toda a força do mal. Não é suficiente ter as aparências da pureza, é necessário antes de tudo ter a pureza de coração.

“Mas as coisas que saem da boca vêm do coração, e estas são as que fazem o homem imundo; porque do coração é que saem os maus pensamentos...” Jesus

OS ESPÍRITOS

Disse o Cristo: “Deixai vir a mim os pequeninos”
Estas palavras, tão profundas na sua simplicidade, não fazem apenas um apelo às crianças, mas também às almas que gravitam nos círculos inferiores, onde a desgraça desconhece a esperança. Jesus chamava a si a infância intelectual da criatura formada: os fracos, os escravos, os viciosos.
Deixai vir a mim os tímidos e os débeis, que necessitam de amparo e consolo. Deixai vir a mim os ignorantes, para que eu os ilumine. Deixai vir a mim todos os sofredores, a multidão do aflitos e dos infelizes, e eu lhes darei o grande remédio para os males da vida, revelando-lhes o segredo da cura de suas feridas.
É o amor, é a caridade!
Nas vossas aflições voltai sempre os vossos olhos para o céu, e dizei, do fundo do vosso coração: “Meu Pai, curai-me, mas fazei que minha alma doente seja curada antes da enfermidade do corpo; que minha carne seja castigada, se necessário, para que a minha alma se eleve para vós com a brancura que possuía quando a criastes.”

O AUTOR

A pureza de coração não implica em fragilidade, nem imaturidade ou inexperiência, mas o fruto de uma longa jornada de evolução, o acúmulo de muito tempo trilhando caminhos diversos, em meio a bênçãos e dores, trevas e luzes, até que o amor universal de Jesus aponta a estrada infalível que conduz a Deus. E o próprio ser, cansado de sofrimento transforma-se pelo aprendizado em alma iluminada e de coração puro, tal qual uma criança que sabiamente o Mestre nos traz como exemplo.

FATOS E HISTÓRIAS

- Papai, porquê você não vem rezar, de noite, comigo?
O genitor trocou expressivo olhar com a esposa e falou ao pequenino:
- tenho tido sempre muito serviço à noite, mas voltarei hoje mais cedo para acompanhar tuas preces.
E sorrindo, com paternal alegria, acrescentou:
- Já sabes orar sozinho?
O pequeno redargüiu, satisfeito:
- Mamãe ensina-me todas as noites a rezar por você. Quer ver?
E, abandonando o talher, instintivamente olhou para o alto, de mãos postas, e recitou:
- “Meu Deus, guarda o papai nos caminhos da vida, dá-lhe saúde, tranquilidade e coragem nas lutas de cada dia! Assim seja!”
O genitor, que se apresentara tão impenetrável e rude a princípio, mostrou os olhos rasos d`água, sensibilizado nas fibras mais íntimas, e, fixando ternamente o filho, murmurou:
- Estás muito adiantado. Hoje, Joãozinho, rezarei também...

Trecho do Cap.13 de “Missionários da Luz”
de André Luiz psicografado por Francisco Cândido Xavier – FEB

COMENTÁRIO FINAL

Em quase a totalidade dos adultos encarnados percebemos as máscaras criadas pelas próprias mãos e que escondem a pureza do coração, são frutos da ignorância e do erro e que por vezes necessitam de um longo e penoso esforço para remoção. Então brilha o espírito que se assemelha à criança tal qual foi criado por Deus, porém revestido de sabedoria provinda das obras edificantes que empreendeu.

FOTO OU ILUSTRAÇÃO

 

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