quinta-feira, 5 de abril de 2012

CAPÍTULO X - BEM-AVENTURADOS OS MISERICORDIOSOS

JESUS Mt 5:7 , MT 6:14-15 e MT 18: 15,21-22

“Bem-aventurados os misericordiosos porque eles alcançarão misericórdia.”
“Se perdoardes aos homens as ofensas que vos fazem, também vosso Pai celestial vos perdoará os vossos pecados. Mas se não perdoardes aos homens, tampouco vosso Pai vos perdoará os vossos pecados.”
“Senhor, quantas vezes poderá pecar meu irmão contra mim, para que eu lhe perdoe? Será até sete vezes? Respondeu-lhe Jesus: Não te digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete vezes.”

KARDEC

A misericórdia é o complemento da mansuetude, pois os que não são misericordiosos também não são mansos ou pacíficos. Ela consiste no esquecimento e no perdão das ofensas. O ódio e o rancor denotam uma alma sem elevação e sem grandeza. Quando Jesus recomenda que nos reconciliemos o mais cedo possível com o nosso adversário, não quer apenas evitar as discórdias na vida presente, mas também evitar que elas se perpetuem nas existências futuras.
“Aquele que estiver sem pecado que atire a primeira pedra” , disse Jesus. Esta máxima faz da indulgência um dever, pois não há quem dela não necessite para si mesmo.
Não se deve tomar no sentido absoluto este princípio: “Não julgueis para não serdes julgados” , porque a letra mata e o espírito vivifica. Jesus podia proibir de se reprovar o mal, pois ele mesmo nos deu o exemplo disso, e o fez em termos enérgicos. Mas quis dizer que a autoridade da censura está na razão da autoridade moral daquele que a pronuncia.

OS ESPÍRITOS

Quantas vezes perdoarei ao meu irmão? Perdoá-lo-ei, não sete vezes mas setenta vezes sete. Eis um desses ensinos de Jesus que devem calar em vossa inteligência e falar bem alto ao vosso coração.
Mas há duas maneiras bem diferentes de perdoar. Há o perdão dos lábios e o perdão do coração. Quantos dizem: “Perdôo”, e acrescentam: “Mas jamais me reconciliarei; não quero vê-lo pelo resto da vida!” É esse o perdão segundo o Evangelho? Não O verdadeiro perdão, o perdão Cristão, é aquele que lança um véu sobre o passado. Acrescentai o amor ao vosso perdão, fazendo por ele o que pedis a vosso Pai Celeste que faça por vós.
Queridos amigos, sede severos para vós mesmos e indulgentes para as fraquezas alheias. Essa é também uma forma de praticar a santa caridade, que bem poucos observam. Todos vós tendes más tendências, defeitos a corrigir, hábitos a modificar

O AUTOR

FATOS E HISTÓRIAS

João Paulo II sofreu um atentado na tarde de 13 de Maio de 1981, em plena Praça de São Pedro, no Vaticano, durante audiência pública realizada sempre às quartas. O turco Mehmed Ali Agca disparou três vezes uma pistola Browning de nove milímetros a menos de sete metros de distância, ferindo gravemente o estômago, a mão esquerda e o cotovelo do pontífice. O Papa perdeu muito sangue e chegou ao hospital Gemelli quase inconsciente. João Paulo II foi submetido a uma cirurgia de mis de cinco horas para retirar parte do intestino.
O jovem extremista de ultradireita Mehmed Ali Agca foi condenado à prisão perpétua.
Já preso e passados dois anos do atentado, o Papa visitou o turco na cadeia de Ancona, na região central da Itália. O pontífice perdoou Agca. No ano de 2000, o extremista ganhou anistia da justiça italiana. Ele foi extraditado para a Turquia, onde cumpre pena pelo assassinato do jornalista Abdi Ipecki, em 1978.
Em 1982, ao visitar o santuário mariano de Fátima, em Portugal, João Paulo II deixou uma das balas que o atingiu na coroa da virgem.
Agencia Reuters
Terra Notícias.

COMENTÁRIO FINAL

O pontífice perdoou Agca. Eis a frase de maior importância no texto, e este fato torna-se num dos maiores e mais profundos gestos de João Paulo II, um verdadeiro exemplo de quem é Cristão, que ouve e compreende as palavras do mestre praticando a misericórdia e perdoando setenta vezes sete. Raramente veremos um líder político ou religioso em atitude de abnegação, humildade e senso de grande responsabilidade diante das câmeras de TV ao dar o exemplo do perdão. Vê-lo apertar a mão daquele que quis lhe tirar a vida nos faz sentir impelidos a praticar a misericórdia, agora e sempre como Jesus nos recomendou.

FOTO OU ILUSTRAÇÃO

 

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