quarta-feira, 25 de abril de 2012

CAPÍTULO XV – FORA DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO

JESUS Mt 13:34-40 e PAULO (Cor 13:1-7,13)

“Mas os fariseus, quando viram que Jesus tinha feito calar a boca dos saduceus, se ajuntaram em conselho. E um deles, que era doutor da lei, tentando-o, perguntou-lhe: Mestre, qual é o grande mandamento da Lei? Jesus lhe disse: Amarás o Senhor teu Deus de todo o coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento. Este é o maior e o primeiro mandamento. E o segundo, semelhante a este é: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo. Estes dois mandamentos contém toda a Lei e os Profetas.”
“...A caridade é paciente, é benigna; a caridade não é invejosa, não obra temerária nem precipitadamente, não se ensoberbece, não é ambiciosa, não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não suspeita mal, não folga com a injustiça, mas folga com a verdade. Tudo tolera, tudo crê, tudo espera, tudo sofre. A caridade nunca jamais há de acabar, ou deixem de ter lugar as profecias, ou cessem as línguas, ou seja abolida a ciência.
Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e a caridade, estas três virtudes; porém a maior delas é a caridade.”

KARDEC

Toda a moral de Jesus se resume na caridade e na humildade, ou seja, nas duas virtudes contrárias ao egoísmo e ao orgulho. Em todos os seus ensinamentos, mostra essas virtudes como sendo o caminho da felicidade eterna. E para que não houvesse equívoco na interpretação do amor de Deus e do próximo, temos ainda: “E o segundo, semelhante a este, é”, significando que não se pode verdadeiramente amar a Deus sem amar o próximo, nem amar o próximo sem amar a Deus, porque tudo quanto se faz contra o próximo, é contra Deus que se faz. Não se podendo amar a Deus sem praticar a caridade para com o próximo, todos os deveres do homem se encontram resumidos nesta máxima: Fora da Caridade não há Salvação.

OS ESPÍRITOS

Nada exprime melhor o pensamento de Jesus, nada melhor resume os deveres do homem do que esta máxima de ordem divina. O espiritismo não podia provar melhor a sua origem, do que oferecendo-a por regra, porque ela é o reflexo do mais puro cristianismo. Com essa orientação, o homem jamais se transviará.

O AUTOR

Não há quem no mundo não possa praticar a verdadeira caridade, seja pobre ou rico, saudável ou doente, letrado ou ignorante, porque eis que ela é a alavanca da felicidade entre a humanidade em qualquer parte.
Tal como os elementos da água ou do ar que respiramos, ela é o alimento vivo e precioso de nossas almas, o que nos garante a subida para o alto.
A caridade verdadeira é sutil e inconfundível, pois nem sempre está implícita numa moeda, mas pode ser que uma delas contenha mais caridade que milhões.
Seja um sorriso, um aperto de mão, uma palavra ed encorajamento, em muitas formas ela se revela, embora não em todos os rostos, mãos ou palavras.
A chama da caridade autêntica é expressão divina no espírito convertido, e flui sutilmente do coração sincero, sob muitas formas, em direção ao próximo.

FATOS E HISTÓRIAS

Irmã Dulce morreu em 13 de Março de 1992, pouco tempo antes de completar 78 anos. A fragilidade com que viveu os últimos 30 anos de sua vida, com a saúde abalada seriamente – tinha 70% da capacidade respiratória comprometida – não impediu que ela construísse e mantivesse uma das maiores e mais respeitadas instituições filantrópicas do país, batendo de porta em porta pelas ruas de Salvador, nos mercados, feiras livres ou nos gabinetes de governadores, prefeitos, empresários, presidentes da República, sempre com a determinação de quem fez da própria vida um instrumento vivo de fé.
Os primeiros anos do trabalho da jovem missionária foram intensos. Em 1936, ela fundava a União Operária São Francisco, primeiro movimento cristão operário da Bahia. Em maio de 1939, Irmã Dulce inaugurava o Colégio Santo Antônio, escola pública voltada para operários e filhos de operários, no bairro de massaranduba.
Nesse mesmo ano, Irmã Dulce invadiu cinco casas na Ilha dos Ratos, para abrigar doentes que recolhia nas ruas. Expulsa do lugar, ela peregrinou durante uma década, levando os seus doentes por vários lugares, até, por fim, instala-los no galinheiro do Convento Santo Antônio, que improvisou em albergue e que deu origem ao Hospital Santo Antônio, o centro de um complexo médico, social e educacional que continua com as portas abertas para os pobres da Bahia e de todo o Brasil. www.irmadulce.org

COMENTÁRIO FINAL

Irmão Dulce é um anjo que desceu na Terra, enviado pelo Senhor, por acréscimo de misericórdia, para nos mostrar a verdadeira caridade e espírito cristão. Longe estamos de igualar seus feitos, mas com alegria e mirando-nos em seu exemplo, devemos buscar com persistência esse dia em nossas vidas.

FOTO OU ILUSTRAÇÃO

 

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