quinta-feira, 26 de abril de 2012

CAPÍTULO XVI – SERVIR A DEUS E A MAMON

JESUS (Lu 16:13) (Mt 19:16-24)

“Nenhum servo pode servir a dois senhores, porque ou há de aborrecer a um e amar o outro, ou há de entregar-se a um e não fazer caso do outro; vós não podeis servir a Deus e às riquezas.”
“E eis que, chegando-se a Ele um, lhe disse: Bom Mestre, que obras boas devo eu fazer, para alcançar a vida eterna? Jesus lhe respondeu: Por que me chamas bom? Bom, só Deus o é. Porém se tu queres entrar na vida, guarda os mandamentos. Ele lhe perguntou: Quais? E Jesus lhe disse: Não cometerás homicídio; não adulterarás; não cometerás furto; não dirás falso testemunho; honra a teu pai e tua mãe, e amarás ao teu próximo como a ti mesmo. O mancebo lhe disse: Eu tenho guardado tudo isso desde a minha mocidade; que é que ma falta ainda? Jesus lhe respondeu: Se queres ser perfeito, vai, vende o que tens, e dá-o aos pobres, e terás um tesouro no céu; depois vem e segue-me. O mancebo, porém, como ouviu esta palavra, retirou-se triste; porque tinha muitos bens. E Jesus disse aos seus discípulos: Em verdade vos digo que um rico dificilmente entrará no Reino dos Céus. Ainda vos digo mais: que mais fácil é passar um camelo pelo fundo de uma agulha, do que entrar um rico no Reino dos Céus.”

KARDEC

Se a riqueza tivesse de ser um obstáculo absoluto à salvação dos que a possuem, como se poderia inferir que certas expressões de Jesus, interpretadas segundo a letra e não o espírito, Deus, que a distribui, teria posto nas mãos de alguns um instrumento fatal de perdição, o que repugna a razão. A riqueza é, sem dúvida, uma prova mais arriscada, mais perigosa que a miséria, em virtude das excitações e das tentações que oferece, da fascinação que exerce.
Se a riqueza é a fonte de muitos males, se excita tantas paixões, se provoca mesmo tantos crimes, não é a ela que devemos ater-nos, mas ao homem que dela abusa, como abusa de todos os dons de Deus.
Por que todos os homens não são igualmente ricos? Por uma razão muito simples: é que não são igualmente inteligentes, ativos e laboriosos para adquirir, nem sóbrios e previdentes para conservar. A fortuna é um meio de prová-lo moralmente; mas como, ao mesmo tempo, é um poderoso meio de ação para o progresso, Deus não quer que permaneça improdutiva, e é por isso que incessantemente a transfere. Cada qual deve possuí-la, para exercitar-se no seu uso e provar a maneira por que o sabe fazer. Como há a impossibilidade material de que todos a possuam ao mesmo tempo,e como, se todos a possuíssem, ninguém trabalharia, e o melhoramento do globo sofreria com isso: cada qual a possui por sua vez.
Os abusos de toda espécie cessarão por si mesmos, quando os homens se dirigirem pela lei da caridade.

OS ESPÍRITOS

Os bens da Terra pertencem a Deus, que os dispensa de acordo com a sua vontade. O homem é apenas o seu usufrutuário, o administrador mais ou menos íntegro e inteligente.
Mas qual é , então, o melhor emprego da fortuna? Procuras nestas palavras: “Amai-vos uns aos outros”, a solução desse problema, pois nelas está o segredo da boa aplicação das riquezas. Que a fortuna provenha de vossa família, ou que a tenhais ganho pelo vosso trabalho, há uma coisa que jamais deveis esquecer: é que tudo vem de Deus, e tudo a Deus retorna.
Aprendei a contentar-vos com pouco. Se sois pobres, não invejeis os ricos, porque a fortuna não é necessária à felicidade. Se sois ricos, não esqueçais de que os vossos bens vos foram confiados, e que deveis justificar o seu emprego, como numa prestação de contas de tutela. Não sejais depositários infiéis, fazendo-os servir à satisfação do vosso orgulho e da vossa sensualidade. Não vos julgueis no direito de dispor deles unicamente para vós, pois não os recebestes como doação, mas como empréstimo. Se não sabeis pagar, não tendes direito de pedir, e lembrai-vos de que dar aos pobres é saldar a dívida contraída para com Deus.

O AUTOR

Na questão da riqueza o mais importante não é a quantidade do que se tem, mas a disposição, o emprego que se dá ao que tem. Aquele que tem muito e que aplica os recursos no bem estar social, impulsionando o progresso, gerando empregos e minimizando o infortúnio dos que nada tem, muito realiza para o espírito, comparado ao pobre que dispensa uma moeda com desdém. Embora um empreendimento difícil neste mundo, é possível sim transpor como uma corda o buraco de uma agulha.

FATOS E HISTÓRIAS

Antônio Ermírio de Moraes é empresário, presidente do conselho administrativo do Grupo Votorantim. o Grupo é formado por várias empresas, e opera no Brasil há mais de 80 anos, nas áreas de metais, cimento, papel, químico, eletricidade, sucos e várias outras. Ao lado do trabalho industrial, Antônio Ermírio desenvolve uma intensa atividade no campo da saúde, em especial, no Hospital da Beneficência Portuguesa em São Paulo do qual é Presidente. A instituição mantém cerca de 60% dos seus serviços a disposição dos pacientes carentes e conveniados com o sistema único de saúde – SUS.
Durante toda a sua carreira de trabalho, Antonio Ermírio participou ativamente dos principais movimentos de desenvolvimento e democratização do Brasil, com um engajamento direto e pessoal em inúmeras campanhas voltadas para a geração de emprego e melhoria da educação e da saúde do povo brasileiro.
http://www.antonioermirio.com.br

COMENTÁRIO FINAL

Este é apenas um exemplo para estudo do que homem pode realizarem favor do bem, estando de posse da riqueza. Tendo em foco o amor ao próximo, e o compromisso de fazer aos outros o que gostaria que lhe fizessem, pode qualquer homem atravessar munido da força divina, uma corda ou um camelo pelo buraco da agulha.

FOTO OU ILUSTRAÇÃO

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário