sexta-feira, 4 de maio de 2012

CAPÍTULO XIX – A FÉ QUE TRANSPORTA MONTANHAS

JESUS Mt 17:14-19

“E depois veio para onde estava a gente, chegou a ele um homem que, posto de joelhos, lhe dizia: Senhor, tem compaixão de meu filho que é lunático e padece muito; porque muitas vezes cai no fogo, e muitas na água. E tenho-o apresentado a teus discípulos, e eles o não puderam curar. E respondendo Jesus, disse: Ó geração incrédula e perversa, até quando hei de estar convosco, até quando vos hei de sofrer? Trazei-me cá. E Jesus o abençoou e saiu dele o demônio, e desde aquela hora ficou o moço curado. Então lhe disseram: Por que não pudemos lança-lo fora? Jesus lhes disse: Por causa de vossa pouca fé. Porque na verdade vos digo que, se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: Passa daqui pára acolá, e ele há de passar, e nada vos será impossível.”

KARDEC

As montanhas que a fé transporta são as dificuldades, as resistências, a má vontade, em uma palavra, que encontramos entre os homens, mesmo quando se trata das melhores coisas.
Noutra acepção, considera-se fé a confiança que se deposita na realização de determinada coisa, a certeza de atingir um objetivo. O poder ad fé tem aplicação direta e especial na ação magnética. Graças a ela, o homem age sobre o fluido, agente universal, modifica-lhe as qualidades e lhe dá impulso por assim dizer irresistível. Eis porque aquele que alia, a um grande poder fluídico normal, uma fé ardente, pode operar, unicamente pela sua vontade dirigida para o bem, esses estranhos fenômenos de cura e de outra natureza, que antigamente eram considerados prodígios, e que entretanto não passam de conseqüências de uma lei natural.
A fé cega nada examina, aceitando sem controle o falso e o verdadeiro, e a cada passo se choca com a evidência da razão.
A fé raciocinada, que se apóia nos fatos e na lógica, não deixa nenhuma obscuridade: crê-se, porque se tem a certeza, e só se está certo quando se compreendeu. Eis porque ela não se dobra: porque só é inabalável a fé que pode enfrentar a razão face a face, em todas as épocas da humanidade.

OS ESPÍRITOS

A esperança e a caridade são uma conseqüência da fé.
Essas três virtudes formam uma trindade inseparável. Tende, portanto, a verdadeira fé, na plenitude de sua beleza e da sua bondade, na sua pureza e na sua racionalidade. Não aceiteis a fé sem comprovação, essa filha cega da cegueira. Amai a Deus, mas sabeis porque o amais.
A fé é o sentimento inato no homem, da sua destinação. É a consciência das prodigiosas faculdades que traz em germe no íntimo, a princípio em estado latente, mas que ele deve fazer germinar e crescer, através da sua vontade ativa.
O homem de bem que, crendo no seu futuro celeste, quer preencher a sua vida com nobres e belas ações, tira da sua fé, da certeza da felicidade que o espera, a força necessária, e ainda nesse caso se realizam os milagres da caridade, do sacrifício e da abnegação. E, por fim, não há mais inclinações que, com a fé, não possam ser vencidas.

O AUTOR

É gradual, pacífico e irresistível o progresso intelectual e moral da humanidade; o entendimento da fé nos corações, pela razão, leva os homens a confrontar a fé com os fatos e conhecimentos da ciência. Perdem sua força os dogmas injustificáveis como folhas secas no inverno.
Aprendemos a ver Deus como o Pai do Universo e mais admiramos sua eterna bondade, inteligência e misericórdia, ao descobrir em nós a força da fé como instrumento de realizações, aliada a uma vontade ativa e o trabalho disciplinado.

FATOS E HISTÓRIAS

Porque os médicos acreditam que a fé cura?
Eles estão descobrindo evidências clínicas
Lydia Strohl

A ligação entre corpo e espírito pode ser milenar, mas, conforme a cura foi se tornando uma ciência, os clínicos ocidentais se afastaram da espiritualidade e da fé religiosa. Agora as necessidades dos pacientes, combinadas a pesquisas científicas que relacionam fé e boa saúde vêm pouco a pouco convertendo uma comunidade médica cética. Publicações científicas e livros abordam o assunto. Um número cada vez maior de médicos visita conferências sobre fé e cura...
Um estudo realizado em 1998 pelos médicos Harold Koenig e David Larson, do Centro Médico da Duke University, mostrou que as pessoas que freqüentavam a igreja todas as semanas tinham menos probabilidades de serem internadas e, se fossem, não passavam tanto tempo no hospital quanto aquelas que iam a igreja com menos freqüência...
Vida mais longa – Uma pesquisa realizada nos Estados Unidos com 21 mil pessoas, entre 1987 e 1995, constatou uma diferença de 7 anos nas expectativas de vida entre aquelas que nunca freqüentaram cultos religiosos e as que os freqüentam mais de uma vez por semana.
Melhor recuperação – pacientes confortados pela fé apresentam probabilidade 3 vezes maior de sobrevivência após cirurgias cardíacas abertas, segundo estudo de 1995 da Faculdade de Medicina de Dartmouth.
Batimentos mais firmes – Em um estudo feito na Índia em 1997, os participantes, em sua maioria hindus, que rezavam regularmente tinham 70% menos chance de sofrer doença coronariana.
Boa saúde mental – freqüentar locais de devoção tem relação com taxas menores de depressão e ansiedade, segundo pesquisa de 1999 da Dely University, que incluiu quase 4 mil idosos.

Seleções Reader’s Digest – Agosto de 2001 www.selecoes.com.br
ABML – Associação Brasileira de Medicina Complementar.

COMENTÁRIO FINAL

O poder da crença é uma realidade, é uma força interior do homem, muito mais um motor de realização pessoal que uma forma de requerer auxílio e benefícios do alto. No entanto é um instrumento que requer longo aprendizado e muita vontade própria.

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